Zona Central, 15h46min, rua 55, hoje. Lá estava eu, andando rumo ao Banco do Brasil. Precisava chegar antes das 16 h para ele não fechar. Tinha uma fatura para pagar.
Próximo à rua 72, lá vejo uma mulher lindíssima, daquelas maravilhosas. Cabelo cumprido, preto, liso, pele branca, calça jeans e blusa preta com decotão. Olhamos um para o outro simultaneamente – um contraste indiscutível –, ela riu um pouco pra mim. Voltei a atenção para o chão durante uns dois segundos e logo direcionei o olhar novamente para a musa. Acredite: ela continuava a me olhar, além disso, sorriu um pouco mais e fez um sinalzinho com a mão, parecia a letra dáblio em itálido (W).
Não tive dúvidas, voltei-me para sua direção e:
– Olá! Como se chama?
– Eduarda.
– Ah, legal. Meu nome é Eduardo... Luís Eduardo.
– Hum!
Fomos conversando... Aquelas perguntinhas chavões de todo início de papo. Fomos nos conhecendo.
Eduarda tomou uma rara atitude feminina:
– Anota meu telefone. Você vai fazer alguma coisa hoje?
– Ã? Ah, não, não! Vou fazer nada. To livre! – Putz! Eu tinha que estudar para uma prova de Infografia e fazer uma crônica para a matéria de Redação III para entregar no dia seguinte. Ah! Inclusive a crônica é esta mesma que você está lendo.
– Pode falar o número.
– Ué, vai anotar onde?
– As coisas importantes costumo não esquecer. Então pode falar o número que gravo de cabeça – eu sempre faço isso só para aparecer e pior que já perdi o contato de duas garotas muito gente boa, por causa desse charminho barato. Preciso parar com isso.
Bom, logo o papo terminou e fui embora. Quando virei a rua, comecei a correr. Para chegar a tempo no banco – e deu certo.
À noite – como combinado – telefonei:
– Boa noite, Eduarda!
– Boa noite.
Fomos em uma conversinha básica, que nem carece transcrição.
Depois de uns 7 min e 21 seg de bate papo, ela já tinha falado que gostou muito de mim, que me achou sexy, inteligente e me chamou para sair. Pensei: “Ótimo! Já falou de cara que sou sexy e quer sair comigo... bom, preciso de uma tesoura”.
A garota disse que eu poderia sugerir o lugar. Pensei: “Nossa! Como estou galã. Eu sou demais”.
Ah, só uma observação: a tesoura seria para podar meus pelos pubianos.
Passados cerca de dez minutos de conversa (pelo fone) ela me pergunta:
– O que curte?
– Em relação a que?
– A tudo!
– Gosto de ler; cerveja; música; chocolate...
– Em relação a sexo – interrompe.
– Curto quase tudo, não tenho frescura. Ultimamente tenho valorizado dança, quando prévia. Não gosto de violência, nem acessórios.
– Gosta de sexo anal?
Espantei muito com a dimensão do assunto, mas tentei demonstrar naturalidade.
– ...Gosto sim.
– Hum! Eu também. Qual o tamanho do seu pau?
– Nossa... 16 cm.
– Legal! É do tamanho do meu.
– ...do seu...?
– Sim. Do mesmo tamanho do meu.
– Do tamanho do seu... canal?
– Não, querido. Do meu pau!
– Ah, pára... rsrs... como assim? Você é travesti? Por que não me avisou antes?
– Uai, você não tinha me perguntado. Mas assim... algum preconceito? Não pensei que você fosse assim, “retrô”.
– Acontece que...
– Eu sou feia por acaso? Não gostou de mim?
– Aiaiai! Putz, não é isso... Você é lindíssima. Não estou exagerando: quando conversamos pessoalmente me deu até um nervosismo assim, porque você é muito atraente. Mas eu sou heterossexual... isso é suficiente. Não rola.
– Nossa, você me enrolou esse tempo todo para isso??
Próximo à rua 72, lá vejo uma mulher lindíssima, daquelas maravilhosas. Cabelo cumprido, preto, liso, pele branca, calça jeans e blusa preta com decotão. Olhamos um para o outro simultaneamente – um contraste indiscutível –, ela riu um pouco pra mim. Voltei a atenção para o chão durante uns dois segundos e logo direcionei o olhar novamente para a musa. Acredite: ela continuava a me olhar, além disso, sorriu um pouco mais e fez um sinalzinho com a mão, parecia a letra dáblio em itálido (W).
Não tive dúvidas, voltei-me para sua direção e:
– Olá! Como se chama?
– Eduarda.
– Ah, legal. Meu nome é Eduardo... Luís Eduardo.
– Hum!
Fomos conversando... Aquelas perguntinhas chavões de todo início de papo. Fomos nos conhecendo.
Eduarda tomou uma rara atitude feminina:
– Anota meu telefone. Você vai fazer alguma coisa hoje?
– Ã? Ah, não, não! Vou fazer nada. To livre! – Putz! Eu tinha que estudar para uma prova de Infografia e fazer uma crônica para a matéria de Redação III para entregar no dia seguinte. Ah! Inclusive a crônica é esta mesma que você está lendo.
– Pode falar o número.
– Ué, vai anotar onde?
– As coisas importantes costumo não esquecer. Então pode falar o número que gravo de cabeça – eu sempre faço isso só para aparecer e pior que já perdi o contato de duas garotas muito gente boa, por causa desse charminho barato. Preciso parar com isso.
Bom, logo o papo terminou e fui embora. Quando virei a rua, comecei a correr. Para chegar a tempo no banco – e deu certo.
À noite – como combinado – telefonei:
– Boa noite, Eduarda!
– Boa noite.
Fomos em uma conversinha básica, que nem carece transcrição.
Depois de uns 7 min e 21 seg de bate papo, ela já tinha falado que gostou muito de mim, que me achou sexy, inteligente e me chamou para sair. Pensei: “Ótimo! Já falou de cara que sou sexy e quer sair comigo... bom, preciso de uma tesoura”.
A garota disse que eu poderia sugerir o lugar. Pensei: “Nossa! Como estou galã. Eu sou demais”.
Ah, só uma observação: a tesoura seria para podar meus pelos pubianos.
Passados cerca de dez minutos de conversa (pelo fone) ela me pergunta:
– O que curte?
– Em relação a que?
– A tudo!
– Gosto de ler; cerveja; música; chocolate...
– Em relação a sexo – interrompe.
– Curto quase tudo, não tenho frescura. Ultimamente tenho valorizado dança, quando prévia. Não gosto de violência, nem acessórios.
– Gosta de sexo anal?
Espantei muito com a dimensão do assunto, mas tentei demonstrar naturalidade.
– ...Gosto sim.
– Hum! Eu também. Qual o tamanho do seu pau?
– Nossa... 16 cm.
– Legal! É do tamanho do meu.
– ...do seu...?
– Sim. Do mesmo tamanho do meu.
– Do tamanho do seu... canal?
– Não, querido. Do meu pau!
– Ah, pára... rsrs... como assim? Você é travesti? Por que não me avisou antes?
– Uai, você não tinha me perguntado. Mas assim... algum preconceito? Não pensei que você fosse assim, “retrô”.
– Acontece que...
– Eu sou feia por acaso? Não gostou de mim?
– Aiaiai! Putz, não é isso... Você é lindíssima. Não estou exagerando: quando conversamos pessoalmente me deu até um nervosismo assim, porque você é muito atraente. Mas eu sou heterossexual... isso é suficiente. Não rola.
– Nossa, você me enrolou esse tempo todo para isso??
Esse é o papinho mais furado do mundo. De certo ela pensou que falando assim eu diria: "É, você tem razão eu te enrolei muito tempo, sendo assim, devo transar com você!".
A essas alturas já fui me despedindo educadamente até que a ligação fosse encerrada com a aparente concessão de ambas as partes.
Mais tarde recebo uma mensagem: “Desculpa gatinho eu não queria te decepcionar, infelizmente sou assim. Quero muito ficar com você. Aceito fazer o que você quiser”.
Reposta: “Ok! Quero que encerre o contato comigo!”.
A essas alturas já fui me despedindo educadamente até que a ligação fosse encerrada com a aparente concessão de ambas as partes.
Mais tarde recebo uma mensagem: “Desculpa gatinho eu não queria te decepcionar, infelizmente sou assim. Quero muito ficar com você. Aceito fazer o que você quiser”.
Reposta: “Ok! Quero que encerre o contato comigo!”.